Nos dias 04,05 e 06 de Julho as petianas
Danieli Dias, Franciele Noda e Vanessa Rocha participaram do XVII Seminário
Internacional de Educação – SIEduca, realizado na Universidade Luterana do
Brasil – ULBRA – Cachoeira do Sul.
A
temática do SIEduca este ano foi “O que o Ensino
Precisa Saber sobre a Aprendizagem”. Esse
Seminário tem como objetivo promover a formação continuada e
qualificação dos profissionais da educação, oportunizando a discussão de
temáticas emergentes, por intermédio de espaços privilegiados de ação-reflexão,
intercâmbio e divulgação de estudos e pesquisas desenvolvidos. O evento tem
desempenhado papel significativo na formação continuada, institucionalizando um
espaço de compartilhamento, diálogo e convivência entre os educadores, com a integração
dos três níveis de ensino.
No dia 04 de Julho,
ocorreu um Show de Abertura intitulado “Cuíca – Cultura, Inclusão, Cidadania e
Artes” de Santa Maria/RS, após a Conferência de Abertura que teve como tema “O
direito à aprendizagem e ao desenvolvimento humano nas novas diretrizes
curriculares da educação básica no Brasil: expectativas e práticas possíveis”.
O conferencista foi o Dr. César Nunes – UNICAMP.
No dia 05 de Julho, as
atividades foram iniciadas por uma conferência com o tema “Afeto e Cognição nos
Processos Criativos”, sendo o conferencista Dr. Mario Sérgio Vasconcelos –
UNESP. Os pontos mais importantes de sua conferência foram:
·
Teorias
interacionistas.
·
Criatividade
e história.
·
Criatividade
e desenvolvimento humano.
·
Criatividade
na escola.
·
Criatividade
e desenvolvimento, o mundo simbólico.
·
Concepção
de sujeito.
·
Afeto
e cognição em desenvolvimento.
·
Funções
relativas ao brincar.
·
Reflexão
sobre afeto e criatividade.
A segunda conferência foi
ministrada pelo Dr, Ivan Izquierdo – PUCRS, tendo como foco “Muitas formas de Aprendizagem,
Muitas formas de Memória”. Sendo os pontos mais importantes: os vários tipos de
memórias, suas pesquisas realizadas com ratos de laboratórios, as questões que
afetam a memória como, por exemplo, o Alzheimer. Falando sobre como o mundo é
vasto e está cheio de oportunidades para a produção de memórias incidentais,
nem todas boas, e os fatores que podem interferir nos mecanismos da
persistência e da evocação são obviamente muitos. Falou que os docentes devem
utilizar todos os novos conhecimentos provenientes da neurociência e da
psicologia, para assim melhorar o ensino.
Na
parte da tarde do mesmo dia, as petianas apresentaram quatro trabalhos. Sendo
eles:
Eixo Temático: Educação e Gestão
·
A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR NA GESTÃO DEMOCRÁTICA
·
O CONSELHO ESCOLAR COMO FERRAMENTA
PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA: EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE
JAGUARÃO/RS E ARROIO GRANDE/RS
Eixo Temático: Educação e Demandas
Sociais
·
O PROGRAMA PELC EM JAGUARÃO/RS –
UMA PERSPECTIVA DE CIDADE EDUCADORA
Eixo Temático: Docência e Formação
de Professores
· REFLEXÕES SOBRE A IDENTIDADE E AS PRÁTICAS DE PROFESSORAS JAGUARENSES
Após as
apresentações de trabalhos ocorreu a conferência “Escola, Aprendizagem e
Desenvolvimento Cognitivo: Contributo para uma Reflexão”, sendo o docente
conferencista Dr. Rui Trindade – Universidade do Porto, Portugal. Durante sua
conferência, afirmou que acredita que as escolas devem conhecer melhor o
desenvolvimento cognitivo das crianças para formar melhores alunos. Segundo
Trindade, esse processo passa pelo conhecimento da capacidade de raciocínio em
diferentes etapas da vida pela valorização das estratégias e soluções
encontradas pelas crianças. Na sua fala, afirmou que aquela escola pensada como
espaço onde o professor tudo sabe e tudo ensina terá que acabar. Pois, é
importante estabelecer relações de troca e interação com o meio.
No dia 06 de Julho, ocorreu uma Mesa
Redonda com a temática “O que a Educação pode fazer pela Inteligência”, a mesa
foi composta pela Ms. Bereneci Romanelli – IFPR e Dr. Guilherme Romanelli –
UFPR, coordenada pelo Dr. Joe Garcia – Universidade Tuiuti do Paraná –
Curitiba/PR. A mesa abordou discussões sobre as questões de como a inteligência
pode ser desenvolvida, pois antigamente achava-se que cada criança já nascia
com a inteligência “pronta” e a escola apenas a preencheria de conhecimentos.
Essa é a razão da educação ter, durante muitos anos, dado ênfase na
memorização, cópia e repetição exaustiva de conhecimentos. Cabendo assim aos
professores e alunos, conjuntamente, identificarem as rotas de acesso
individuais e proporem diferentes formas de aprendizagem e avaliação. As
implicações educacionais do que foi discutido são, ao mesmo tempo, grandes e
sutis. Melhorar as propostas pedagógicas para que se ensine, com base
perspectiva mais ampla sobre inteligência-aprendizagem, requer que os
professores se comprometam com o processo.
Para encerrar o evento, foi
realizada uma última conferência intitulada “O Que o Ensino Precisa Saber sobre
a Aprendizagem”, ministrada pelo Dr. Egídio Romanelli – UFPR. Durante a
conferência o conferencista argumentou: “crianças devem ser estimuladas para
aprender”. O professor não “passa” informações, não “transmite” conhecimento,
não “ensina”. O que faz é provocar, incentivar, disparar e possibilitar ao
aluno a própria construção do conhecimento, a própria aprendizagem. Esse
processo deve constituir as bases teóricas da ação consciente do professor
mediador. Segundo Egídio, o professor precisa ter uma relação direta, pessoal,
afetiva com cada aluno. Cada aluno é único, tem um nível de inteligência, um
grau de motivação, um resultado de aprendizagem diferente um do outro. Esperar
que toda uma turma seja nota dez é irreal, quando toda a turma vai mal é o
professor quem fica reprovado. Sendo assim, o ensino só é significativo se o
aluno aprender a aprender com autonomia.
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